5 coisas que não se deve fazer no doppler venoso - Fluxo Cursos em Doppler vascular

5 coisas que não se deve fazer no Doppler venoso

O renomado angiologista e cirurgião vascular, especialista em ultrasonografia-Doppler Dr. Robson Barbosa de Miranda gravou recentemente um vídeo repleto de dicas valiosas para aprimorar a qualidade dos exames de Doppler venoso, evitando armadilhas frequentes. Esse vídeo você pode ver abaixo.

Cuidado redobrado nos casos suspeitos de trombose

O Dr. Robson iniciou seu instrutivo alertando sobre os riscos de manipulação excessiva e manobras bruscas de compressão venosa em pacientes com suspeita de trombose venosa profunda. Ele relatou raros porém graves casos de embolia pulmonar que presenciou durante a realização de exames de Doppler nessa população específica.

O experiente especialista reforçou a importância de sempre iniciar a avaliação com Doppler colorido e espectral, antes de qualquer compressão, nos casos de suspeita ou confirmação de TVP. Essa should be a conduta padrão para minimizar o risco de desprendimento e migração de trombos.

Interpretando os achados de refluxo venoso na veia femoral comum com cautela

Outro aspecto destacado pelo Dr. Robson foi em relação ao cuidado na interpretação de eventuais fluxos reversos na veia femoral comum. Em sua vasta prática clínica, ele pôde constatar que esses achados podem não corresponder necessariamente a uma insuficiência das válvulas femorais.

Às vezes trata-se, na verdade, de um “efeito sifão” provocado pela incompetência acentuada de outra veia, como a safena – situação em que o fluxo reversível se propaga em direção à femoral sem que suas válvulas sejam insuficientes. Portanto, um olhar criterioso sobre o contexto geral é fundamental.

Afinando a técnica do exame físico

O Dr. Robson também trouxe diversas preciosas dicas práticas sobre a técnica de compressão digital para detecção do refluxo venoso, etapa crucial em qualquer exame de Doppler.

Ele frisou pontos importantes como o posicionamento adequado do transdutor; intensidade suficiente porém não excessiva da compressão; localização precisa dos reparos anatômicos; adequadas manobras de “ordernação” do fluxo venoso, entre outros fatores chave para o sucesso do exame físico.

Registrando diâmetros e profundidade das veias quando relevantes

Outro aspecto enfatizado pelo experiente especialista foi a necessidade de sempre documentar cuidadosamente os achados mais relevantes para o planejamento cirúrgico, como diâmetros venosos aumentados, presença de dilatações e variações na profundidade dos vasos.

Doppler espectral: não abra mão dele no seu laudo!

Por fim, o Dr. Robson fez uma ressalva extremamente pertinente: a obrigatoriedade de sempre documentar a presença de refluxo com o Doppler espectral, mesmo quando o Doppler colorido já sugeriu fluxo reverso. Essa deve ser uma prática absoluta para quem realiza e lauda exames de mapeamento venoso.

Essas e outras orientações preciosas em Doppler vascular foram compartilhadas por um dos nomes mais experientes da área no Brasil. Vale muito aproveitar as décadas de vivência do Dr. Robson para aprimorar nossa capacitação.

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